sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

"Embalagem é tudo!"

A frase apareceu espontaneamente como principal definição dos supermercadistas para embalagens

Quando abrimos o armário da despensa, elas estão lá, e também na geladeira, nos bares, nas farmácias e supermercados. Ninguém duvida que a embalagem ocupa um papel importante em nossas vidas.
Os sociólogos e os artistas da pop art olharam para ela ou como importante referência do estágio de desenvolvimento material ou como manifestação da cultura.

Os profissionais de marketing fizeram dela uma ferramenta fundamental para conduzir os produtos de consumo ao sucesso num cenário cada vez mais competitivo.Os economistas avaliam o nível de atividade econômica pela produção e consumo de embalagens.

E o meio ambiente agradece toda vez que os índices de reciclagem, reutilização e degradabilidade das embalagens aumentam.As implicações da embalagem ganham importância conforme o progresso da sociedade. A vida urbana cresce a tal ponto que já não seria possível viver sem embalagens que conservam os produtos, pois o abastecimento diário de alimentos para populações acima de cinco milhões de habitantes numa mesma cidade é inviável tecnicamente.

O desenvolvimento de novos materiais aumentou a durabilidade dos alimentos, que podem ser estocados e utilizados longe da data e do lugar onde foram produzidos.Os consumidores a consideram tão importante que chegam a não separar embalagem do produto. E isso se torna cada vez mais relevante na escolha dos produtos.

O título deste artigo não se refere exclusivamente ao que foi apresentado até aqui, mas, sim, à principal conclusão obtida numa pesquisa realizada pelo Comitê de Estudos Estratégicos da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), em conjunto com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), que serviu para conhecer a visão dos profissionais do varejo sobre a embalagem e avaliar as relações desta com o desempenho de seus negócios.

A frase "embalagem é tudo" apareceu espontaneamente como principal definição dos supermercadistas para expressar a importância que atribuem às embalagens. Também, não é para menos. Quando entramos num supermercado, o que é que nós vemos?De acordo com os supermercadistas, é a embalagem que faz o "show" no ponto-de-venda, e o design, a "atratividade", é o ponto fundamental de uma boa embalagem.

Quando esses profissionais e empresários, que andam o dia todo pelos supermercados, em contato com os consumidores, afirmam que "embalagem é tudo", é preciso considerar seriamente a possibilidade de eles estarem certos.

O resultado das pesquisas e descobertas que fizemos é que aqueles que estão envolvidos com o desenho, o planejamento, a produção e a utilização de embalagem em seus negócios e produtos subam um grau na importância e na atenção que dedicam a este item, pois estão diante de um fator decisivo para o sucesso dos produtos de consumo e dos estabelecimentos onde esses produtos são expostos.

Precisamos explorar mais a utilização da embalagem, pois o que melhor pode acontecer a um produto, hoje em dia, é ter uma boa embalagem.

As Marcas "Refúgio"

Um contraponto necessário ao nosso universo com excesso de informações e conexões

Comercial de automóvel. Surge um homem, rosto tenso e ansioso, seu terno amassado parece uma camisa de força. É com ele que avistamos o novo veículo. Olhar de desejo, nosso amigo se apressa em entrar. Ouvimos o som macio da porta sendo hermeticamente fechada e o universo barulhento é deixado lá fora. Podemos sentir o conforto do banco de couro, onde ele se refestela e finalmente relaxa. Compartilhamos do seu sorriso de alívio: ufa, esse mundo é só meu! Sobe a música de fundo, quase infantil.

Essa peça de comunicação ilustra bem uma oportunidade que hoje se apresenta para os mais variados segmentos de negócio: a construção de "Marcas Refúgio".

Marcas Refúgio não são exatamente uma novidade. Mas a extrema atualidade desse tipo de marca se explica como um contraponto necessário a esse nosso universo com excesso de informações e conexões.

É fundamental - especialmente para executivos e empresários - entender as três distintas "teclas mentais" que o consumidor pode acionar nas Marcas Refúgio:

1 - "PAUSE

"Lembro da rede de cafeterias Starbucks - que está chegando ao Brasil - e sua proposta de oferecer um "terceiro espaço" ao consumidor. Um lugar aconchegante que não é o da casa, um território familiar que não é o do escritório, mas um terceiro espaço, para a prática do "estar tranquilamente", naqueles momentos entre a casa e o trabalho.Na Starbucks, café não é só café.

Aliás, o sucesso da empresa se justifica porque eles entenderam que café nunca é só uma bebida! Um café fumegante, de grãos cultivados em países exóticos, constrói um tempo próprio, é um gostoso alicerce de refúgios, que a arquitetura das lojas e o treinamento dos funcionários reforçam na Starbucks.

O chocolate Twix, que tanto sucesso faz no Brasil, é outra marca que também soube aplicar a dinâmica do "Pause" ao oferecer em sua campanha de comunicação um "gostoso break" aos consumidores.

2 - "REWIND".

Uma pausa não é apenas o não-tempo. Ela une tempos. O refúgio também pode ser construído por meio de um retorno ao mundo protegido da criança.Ao vermos um adulto se deliciando com um picolé Kibon no meio da tarde não podemos deixar de lembrar do delicioso "bolinho" (madeleine) degustado por Proust, um objeto que faz a ligação entre o presente e os prazeres esquecidos pelo autor. É o sereno e restaurador reencontrar do profissional estressado com a criança que ele já foi.

Outro exemplo: a marca de salgadinhos Fandangos, que sabe oferecer um conjunto específico de prazeres sensoriais infantis que naturalmente agradam às crianças, mas que também cativam os adultos, pois proporcionam a eles uma momentânea viagem infantil.

Muitas vezes não venderemos mais produtos, soluções de engenharia. Venderemos sim instrumentos de refúgio, para trazer a eterna criança dentro de nossos consumidores. É como brilhantemente afirmou o CEO da Harley Davidson: "não vendemos apenas motocicletas. O que oferecemos são brinquedos para altos executivos"!

3 - "SELECT"

Na raiz das Marcas Refúgio, a necessidade de preservar nosso poder de decisão e escolha, mesmo que apenas dentro do pequeno e precioso mundo criado pelo refúgio.

Para criar esse mundo e permitir essa sensação de controle, as Marcas Refúgio não precisam de portas fechadas, como naquele comercial de automóveis. O iPod é um belo exemplo.

Não tente falar com quem está curtindo seu iPod, há um refúgio virtual em torno do usuário. E, entre outras coisas, a marca dá a ele o prazer de construir e controlar um universo particular de opções para ver e ouvir, todas selecionáveis a um toque de dedo.

Os exemplos deste texto são úteis também para mostrar que a razão de ser de uma marca não mudou. Marcas continuam a ser um instrumento que ajuda o consumidor a se apresentar para o mundo. Quando como Fandangos, ou circulo com o meu iPod, eu sinalizo orgulhoso para o outro: "ei, olhe, mesmo no meio de toda essa correria, estou no comando e continuo capaz de me proporcionar uma deliciosa experiência de refúgio".

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Sobre propaganda, necessidades e vendas

Agências falam em criar necessidades no consumidor, o que é um equívoco. Vale recordar alguns conceitos antigos e básicos: a propaganda cria desejo, não a necessidade.

Depois de um debate saudável na lista do Viraweb e depois de ler os artigos mais recentes do Leonardo Oliveira (Os formatos publicitários da Web são bons, sim e A propaganda online, até agora – parte 1) e do Carlos Nepumoceno (O perfil do usuário que só navega teleguiado, veja ao lado), gostaria de recordar conceitos antigos e bem básicos que se perderam no tão sonhado glamour do mercado publicitário.

O slogan, e o posicionamento de diversas agências de propaganda e de algumas produtoras web fala em “criar necessidades no consumidor” e em produzir “idéias que vendem”.

Não idolatro nenhum autor, mas, quando o seu conceito é óbvio, claro, simples, não tem porque desautorizá–lo. Da mesma forma, o profissional da área sempre tenta puxar a sardinha para a sua brasa, dizendo que ele é a solução de todos os males, se promovendo através de lindas metáforas. Ele não está mentindo, mas crê em algo que não condiz com a realidade…

Ora, para que usar essas metáforas? Elas servem para que as pessoas expressem o prazer e o orgulho que sentem pelo seu ofício, com a auto–estima lá em cima. Nada mais saudável e natural.

Porém, nas entrelinhas, os mais negociantes e os de ego mais inflado buscam, através das metáforas: persuadir novos clientes; recuperar os clientes antigos que foram para o concorrente; manter os clientes atuais; impressionar os leigos e, finalmente, chamar a atenção da imprensa para si.

1. A propaganda não cria necessidades no consumidor. Na psicologia e no marketing, Maslow acertou em cheio com a sua famosa pirâmide. O ser humano tem apenas cinco grupos de necessidades instintivas, que já nascem com ele. Recapitulando:

a) necessidades fisiológicas:
alimento, água, oxigênio, sexo e descanso;

b) necessidade de segurança:
física e financeira;

c) necessidades sociais
: amizade, amor, filiação e associação;

d) necessidade de estima (ego):
status, respeito e auto–estima;

e) auto–realização e auto–satisfação.


Até agora, o departamento de marketing do cliente da agência já identificou dentro das necessidades acima quais delas seu produto ou serviço deve satisfazer o público–alvo. Ele também já definiu, antes mesmo do lançamento do produto ou serviço, a segmentação do mercado a que ele pertence; estabeleceu o seu alvo dentro do segmento (target) e definiu também o seu posicionamento.

Tudo, até aqui, são estratégias da empresa. O executivo de contas ou atendimento da agência nada mais faz do que coletar essa informação e sentir o ambiente para passar isso para o planejamento e para a criação. ;)

Conclusão: propaganda cria desejo, nunca a necessidade.

2) A boa propaganda vende: quais são os únicos objetivos da propaganda?

– Informar que o produto/serviço existe, aonde e como encontrá–lo, para que serve;

– Persuadir o consumidor a preferir o produto do cliente ao invés do produto concorrente através da emoção ou da comparação, com ou sem metáfora. É a imagem criada a partir do conhecimento do segmento, do alvo e do posicionamento do cliente;

– Lembrar que o produto existe.

Os 4 Ps do composto de marketing em ordem de importância?

– Produto: características, qualidade, design, marca, serviços, variedade, etc.;

– Preço: preço de lista, descontos, concessões, condições de crédito, etc.;

– Distribuição: canais, cobertura, localização, estoques, logística, etc.;

– Comunicação: propaganda, promoção de vendas, venda pessoal, relações públicas, marketing direto.

Finalmente, quais são as tarefas do vendedor?

– Prospecção: monitorar o mercado e contactar clientes em potencial;

– Comunicação: porta–voz não–especializado e informal da empresa para o cliente;

– Venda: emitir nota fiscal, autorizando a desova na expedição e faturando para o financeiro, feliz com a sua comissão;

– Serviço: se responsabiliza pela empresa como o intermediário entre o cliente e o pós–venda, a assistência técnica, a promoção de vendas, etc.;

– Informação: é o raio–x de uma determinada fatia de mercado, trazendo o feedback sobre a qualidade do produto/serviço, sobre como o cliente prefere pagar, quando, como e aonde ele prefere receber o produto, como anda a imagem da empresa, etc.

Conclusão: propaganda comunica. O vendedor é quem vende.

Apesar da informação, da persuasão e da lembrança, a propaganda é uma ferramenta que não serve para nada se o produto for ruim, se o preço for inadequado ao target e se o consumidor não puder encontrá–lo nem distribuí–lo facilmente [webinsider]

AOC lança novo site

Com portfólio completo de toda a linha de monitores, amplo detalhamento técnico dos equipamentos e um design totalmente remodelado, a AOC – segunda maior fabricante de monitores do mundo - apresenta a versão atual de seu site. No endereço www.aocmonitor.com é possível conhecer a nova identidade visual da empresa que cria, a partir de então, a personalidade corporativa e una da marca.
A reestruturação do endereço virtual da empresa surgiu juntamente com a necessidade de se criar mais uma ferramenta de auxílio para atuação do canal de vendas da AOC. Nele, os parceiros de negócios – distribuidores e revendedores - podem tirar muitas dúvidas, utilizando-o como um "braço" durante a rotina de suas atividades.
A identidade visual do site é o mesmo para todas as regiões do mundo. Para ter acesso ao site local, basta clicar no país correspondente e pronto. Abre-se na tela o endereço selecionado no idioma escolhido pelo visitante.

Visa Vale conquista prêmio da Associação Brasileira de Marketing & Negócios

A Visa Vale, empresa de vales-benefício alimentação e refeição, venceu o Prêmio Destaque no Marketing 2006 oferecido pela Associação Brasileira de Marketing & Negócios. O case "Visa Vale, a novata que mudou o mercado" foi escolhido pelos jurados da competição como o vencedor na categoria Marketing Institucional.A Visa Vale é uma empresa que alcançou sucesso em apenas três anos de existência e está provocando uma revolução no mercado e até mesmo em suas concorrentes.
Os cartões Visa Vale já foram emitidos para mais de 3 milhões de trabalhadores. Seu êxito é resultado de uma estratégia inovadora, baseada na utilização intensiva de tecnologia e no relacionamento direto com os clientes. Nesse sentido, a empresa apostou no relacionamento via web, com um site responsável por 99,5% das transações de pedidos e que também tira dúvidas on-line. O aproveitamento dos recursos através da internet como principal meio de relacionamento é uma das chaves para uma operação enxuta e de custos reduzidos, além de estreitar a relação com os clientes.
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