Aprovado o projeto de lei que prevê a extinção de outdoors e painéis eletrônicos em São Paulo, resta uma dúvida: os anunciantes vão utilizar mais a web para atingir seus públicos?
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que prevê a extinção de outdoors e painéis eletrônicos. O nome do projeto já diz todo o argumento usado para sua aprovação: Cidade limpa.
Mas não é só o outdoor que vai sumir, praticamente toda mídia exterior vai deixar de existir em São Paulo. Outdoors, cartazes, lambe-lambes (cartazes enormes colados em muros), empenas (cartazes gigantescos que ocupam as laterais de prédios), enfim, só restará propaganda em mobiliários públicos como bancos de praça e pontos de ônibus.
Uma cidade mais limpa
De fato há um exagero na exploração da mídia exterior em São Paulo. Um dos motivos é que em São Paulo, assim como em outras grandes cidades, o publicitário não precisa pensar na mídia exterior como uma peça que precisa comunicar rápido. Com o trânsito totalmente parado de todos os dias, o paulistano passa horas olhando para os lados. Com tanto carro na rua, a mídia exterior se tornou irresistível.
De fato há um exagero na exploração da mídia exterior em São Paulo. Um dos motivos é que em São Paulo, assim como em outras grandes cidades, o publicitário não precisa pensar na mídia exterior como uma peça que precisa comunicar rápido. Com o trânsito totalmente parado de todos os dias, o paulistano passa horas olhando para os lados. Com tanto carro na rua, a mídia exterior se tornou irresistível.
De acordo com a prefeitura, há cerca de 20 mil anúncios deste tipo em São Paulo. Realmente não há onde parar os olhos sem ver uma sacadinha interessante, uma foto bonita de alguma marca de moda, ou mesmo um daqueles cartazes que nos fazem torcer o nariz.
Para onde vamos olhar agora?
Sinceramente, eu gosto de outdoor. Quando eu comecei a estudar design, meu sonho era fazer um desses. Agora fico pensando: para onde vou olhar quando estiver parado no trânsito, para os prédios?
Com todo respeito aos arquitetos - profissão prima do design - eu prefiro olhar cartazes como este da Cicarelli seminua para a Hope, cobrindo toda a lateral de um prédio, do que ver a lateral do prédio.
Mas, deixando de lado a brincadeira, é claro que nem só de Cicarellis vive a propaganda em mídia exterior em São Paulo. Às vezes realmente a poluição visual é mais um elemento para nos tornar os notórios estressados que somos.
Sinceramente, eu gosto de outdoor. Quando eu comecei a estudar design, meu sonho era fazer um desses. Agora fico pensando: para onde vou olhar quando estiver parado no trânsito, para os prédios?
Com todo respeito aos arquitetos - profissão prima do design - eu prefiro olhar cartazes como este da Cicarelli seminua para a Hope, cobrindo toda a lateral de um prédio, do que ver a lateral do prédio.
Mas, deixando de lado a brincadeira, é claro que nem só de Cicarellis vive a propaganda em mídia exterior em São Paulo. Às vezes realmente a poluição visual é mais um elemento para nos tornar os notórios estressados que somos.
A verba vai para a mídia online
Conversamos com Julio Albieri, presidente do SEPEX (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo). De acordo com ele, este mercado movimenta R$ 240 milhões por ano. Para onde vai esta verba?
Muitos dos anunciantes são empresas pequenas, que não têm condições de pagar por um anúncio em televisão e outras mídias mais caras. Verão na web uma alternativa para a comunicação com o público? Poderão se beneficiar da alta capilaridade, da participação do usuário, da interatividade e dos diversos formatos, como texto, áudio e vídeo?
Conversamos com Julio Albieri, presidente do SEPEX (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo). De acordo com ele, este mercado movimenta R$ 240 milhões por ano. Para onde vai esta verba?
Muitos dos anunciantes são empresas pequenas, que não têm condições de pagar por um anúncio em televisão e outras mídias mais caras. Verão na web uma alternativa para a comunicação com o público? Poderão se beneficiar da alta capilaridade, da participação do usuário, da interatividade e dos diversos formatos, como texto, áudio e vídeo?
A web tem um poder que o outdoor dificilmente teria: mensurar seus resultados, comprovando o retorno sobre o investimento. Há também os links patrocinados, onde o anunciante só paga pelo clique que o anúncio receber, ou seja, só paga se a campanha der resultado.
Haverá realmente um aquecimento do mercado online em São Paulo? O outdoor é realmente um crime contra a beleza da cidade? Outras cidades deveriam seguir o exemplo?
[Webinsider - Gilberto Alves Jr.]
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