terça-feira, 10 de outubro de 2006

A Necessidade de Customização de Conteúdo pode Acelerar o Fim do Jornal Impresso

Durante as duas últimas décadas ouvimos especialistas e teóricos em comunicação defendendo a tese de que o jornal impresso estaria com seus dias contados, uma vez que a substituição pelos meios de base micro-eletrônica seria um processo inevitável.
A verdade é que apesar de todos os prognósticos desfavoráveis, o jornal impresso, no modelo que foi consolidado há séculos, continua resistindo até hoje. Porém, acredito que (finalmente) a mídia impressa está dando a sua última volta no relógio da história. E o que vai, na minha opinião, ratificar esta tendência é a necessidade de customização de conteúdo. O que os jornais impressos, apesar de toda a evolução dos recursos gráficos e de impressão, não poderão acompanhar.
Com o advento da Internet e de novos equipamentos periféricos (notebooks, palms, celulares, etc) o leitor poderá personalizar o conteúdo de informações de acordo com suas preferências e demandas específicas de informação. Ex: O assinante do jornal (centro de geração de conteúdo) poderá solicitar um formato de jornal eletrônico com 30% de esportes, 40% de economia e 30% de Internacional. Esta possibilidade é impraticável numa mídia impressa. Além disso, a interação e mediação com os leitores poderá ser potencializada, permitindo um novo formato jornalístico, onde o leitor também contribui efetivamente com o conteúdo.
A mudança deste paradigma passa por questões comportamentais e culturais, afinal de contas durante séculos estivemos acostumados a “invenção de Gutemberg”. Porém, será que mesmo a mais arraigada tradição poderá resistir as vantagens da customização?

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